Jequié - São João de Jequié, qual a sua importância, problemas, soluções, análise e números?


Do amigo internauta, que o Itagi Notícias reproduz aqui.

O São João, é a mais expressiva celebração popular do ciclo junino da Região Nordeste do Brasil, realizada anualmente, durante todo o mês de junho. A cidade de Jequié, situada a 360 km da capital, Salvador, no sudoeste da Bahia, é um dos maiores municípios do Estado da Bahia com mais de 170 mil habitantes e tem como rota de chegada a BR 330, BR 101 e BR 116. A comemoração do São João de Jequié já se destacava como uma das maiores festas juninas da Bahia e, em 2011, o São João de Jequié recebeu o certificado de Melhor Festejos Juninos no Território Médio Rio de Contas, através da votação popular no projeto: Festejos da Bahia com patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado. O São João de Jequié homenageou grandes ícones do forró brasileiro, como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jacson do Pandeiro, etc. O São João de Jequié passou por um importante período, desde a sua criação, contudo foi preciso fazer um redirecionamento e promover um olhar para sua dimensão lúdica, aspecto primordial para contextualizar sua expressividade no âmbito do turismo de eventos, aglutinando elementos artísticos, estéticos e tecnológicos da indústria cultural, porém aliando-os a reinvenção das tradições, exaltando a cultura nordestina e os valores inerentes à cidadania participativa na perspectiva do turismo sustentável.
O São João de Jequié, tem passado por importantes momentos de desenvolvimento, mas na Gestão Tânia Brito, não foi dada devida atenção, talvez por falta de visão administrava, sobretudo nos contextos: Cultural, Turístico e Econômico. O evento junino, tem sua importância, contudo a atual gestão não enxerga as constantes do evento como por exemplo: crescimento do setor cultural, preservando também a identidade cultural do município, somada ao crescimento econômico e divulgação de suas áreas, investimentos financeiros de suma importância que movimentam altos valores em sua produção e envolvem setores produtivos rentáveis, nos moldes de bens de consumo, conforme o interesse que desperta em investidores, patrocinadores, governos, cadeia produtiva do turismo, mídia, entre outras áreas da economia. 
O desmonte do São João de Jequié, proporcionado pela falta de planejamento e vontade política da atual gestão, segue na contra mão, pois muitos municípios têm suas grandes festas, entre as principais atividades econômicas locais, condição que leva tal celebração a ter primazia nos planos político-administrativos e no imaginário popular. O São João de Jequié, alcança o ápice de importância entre as realizações do setor com grandeza comprovada na diversidade, qualidade, quantidade e originalidade de suas atrações artísticas de caráter multifacetado no que tange à cultura, como também nos dados estatísticos sobre sua rentabilidade econômica, investimentos do setor público e privado, interesse da mídia, fluxo turístico e, em especial, a participação popular, destacando-se, neste ponto os ganhos financeiros por meio de consumo, geração de emprego e renda que são traduzidos em forma de investimentos e ganhos financeiros de suma importância, movimentando altos valores em sua produção e envolvem setores produtivos rentáveis, nos moldes de bens de consumo, conforme o interesse que desperta em investidores, patrocinadores, governos, cadeia produtiva do turismo, mídia, entre outras áreas da economia. 
A comunidade local vive intensamente o simbolismo do ciclo junino, na moda e na decoração de espaços públicos, comércio, bancos, supermercados e residências, assim como na gastronomia e temática publicitária, pautando, também as enunciações da mídia local e regional. Nos bairros da nossa cidade surgiam uma infinidade de arraiais e quadrilhas improvisadas, famílias fechavam as ruas para acenderem suas fogueiras e se divertirem evitando a enorme aglomeração da Praça da Bandeira, mesmo com a criação de espaços, como a vila Junina, mas socializando dessa forma a economia, seja ela no centro da cidade, bairros distritos ou povoados. 
O QUE LEVOU O SÃO JOÃO DE JEQUIÉ AO DECLINIO? 
Na administração Tânia Brito, ficou claro e notório que a falta de discussão com a comunidade, setor comercial e industrial, mídia, artistas e empresários artísticos levou a atual gestão a isolar-se para a realização dos festejos juninos, claramente para ter o domínio, quase que privado de um evento público na tentativa de obter vantagens políticas, como noticiado pela imprensa local. 
BREVE ANÁLISE DA EVASÃO ECONÔMICA E TURISTICA POR FALTA DE PALNEJAMENTO DO EVENTO
Com a falta de planejamento e comprometimento para com os festejos juninos, apresento um calculo simples.
Cerca de 800 (oitocentos) jovens viajaram para a cidade de Ibicuí no ano de 2015. Esses jovens levaram consigo também a força do investimento, ou seja, recursos financeiros produzidos no município de Jequié que foram gastos no município de Ibicuí. Cerca de R$ 560 mil reais foram investidos na cidade de Ibicuí, só com a compra de ingressos por parte dos jovens jequieenses para terem acesso aos 03 dias de festas privadas, falta somar a esse valor o aluguel de casas, despesas com combustível, alimentação, bebidas, etc. Conclusão, a não realização planejada do São João de Jequié, além de não trazer investimentos e promover a sociabilidade cultural e econômica fomenta prejuízos em vários setores da sociedade, sobretudo a artística e econômica com a saída de recursos financeiros para outros municípios.
SÃO JOÃO EM NÚMEROS, QUANDO PLANEJADO.
O São João de Jequié concentra grandes potencialidades que impulsionam o fluxo turístico da cidade e da região. A arrecadação de impostos chega a aumentar em torno de 40%, análise feita considerando e analisando os 02 meses que antecedem e os 02 posteriores aos festejos. O aumento da arrecadação municipal pode ser percebida por 02 indicadores: com o ISS - Imposto Sobre Serviços (imposto municipal) e pela cota de repasse do ICMS (imposto estadual) que é calculada, conforme determinação Constitucional, pelo Índice de Participação dos Municípios – IPM, o repasse é feito pelo Governo do Estado ao município. Já chegamos a mais de setenta mil pessoas circulando nas praças por noite, segundo a Polícia Militar da Bahia. A cota de repasse do ICMS é calculada, conforme determinação Constitucional, pelo Índice de Participação dos Municípios – IPM.

Jequié como pólo turístico, saiba porque:
• Localização boa
Situa-se na região Sudoeste do Estado a 365 km da capital.
• Vias de acesso
Localizada as margens da BR 116 (principal rodovia que liga o Sul ao Nordeste do país). È também cortada pela BR 330 que liga o sul ao oeste do Estado e está próxima de diversas outras rodovias estaduais que dão acesso á cidade.
• Economia
Com economia diversificada entre a pecuária, agricultura, comércio em geral com forte apelo a comercial, possui um forte comércio e um setor industrial bem desenvolvido.
• Infraestrutura 
Privilegiada em sua rede de abastecimento de água e energia, apresenta um dos mais altos índices de saneamento do país, além de pavimentação asfáltica nas ruas e avenidas, contudo essa realidade tem mudado.
• Trade turístico 
Hotéis e pousadas - São cerca de 15 hotéis e 10 pousadas, totalizando em números próximos 1.300 leitos que são ocupadas por turistas. Cerca de 200 casas de particulares são colocadas a disposição para locação no período junino, gerando renda para diversas famílias, além de espaços disponibilizados para o camping e pessoas que ficam em casas de parentes. Os espaços para camping não foi mais disponibilizado na administração Tânia Brito.

Bares e restaurantes - São cerca de 30 unidades divididas em churrascarias, comida italiana, japonesa, chinesa, baiana, nordestina, típica da região, portuguesa, entre outras. Que proporcionam ambientes simples, estilizados e requintados.
Delicatessen, lanchonetes e sorveterias - são mais de 30 todas próximas dos locais de movimentação turística.
Postos de combustíveis - São cerca de 35 postos de gasolina espalhados por vários pontos da cidade.
Agências bancárias - São 05 agências bancárias, sendo a do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco e Itaú, além de bancos postais, caixas eletrônicos e 24h espalhados em diversos pontos da cidade.
Táxi - São cerca de 10 pontos de táxi divididos em pontos estratégicos com grande movimentação turística.
Transporte coletivo - são várias as empresas de transporte municipal, intermunicipal e interestadual.
Aeroporto - Para voos de pequeno porte. O aeroporto não funciona hoje regularmente, contudo teve a pista recentemente recapada e pintada, mas precisa de revitalização, pois é um importante portão de entrada turística, entre outras funcionalidades.
Rede varejista e atacadista de alimentação - A cidade possui 01 atacado, 01 hipermercado, cerca de 30 supermercados e uma grande quantidade de mercadinhos e mercearias em diversos pontos da cidade.
Operadora de celular - Funcionam normalmente a operadora Vivo, Claro, TIM e Oi.
• Atrativos turísticos 
Espaços culturais - Durante o período dos festejos juninos acontecem eventos e atividades culturais nos espaços culturais, sendo eles 01 museu, bibliotecas informatizadas com acesso a internet, 01 Centro de Cultura, 01 Teatro Municipal, 01 Casa da Cultura. Infelizmente esses espaços precisão de revitalização ou serem reabertos.
• Lazer - Passeios de Jet ski, trilhas urbanas e rurais, etc. 
• Comunicações
Veículos de comunicação - A cidade possui provedor local de acesso à internet, uma sucursal de televisão (TV Sudoeste/ Globo), quatro emissoras de rádio FM, uma emissora AM, um jornal semanal, quatro jornais mensais, uma revista mensal e sites diversificados.
• Rede de serviços
Rede de saúde pública e privada - Dispõe de 01 hospital geral com serviço de pronto socorro, emergências cirúrgicas e UTI e cerca de 06 centros médicos da rede pública, possuindo serviço de atendimento de urgência a domicílio do SAMU, tendo ainda 01 hospital e cerca de 05 clínicas médicas da rede privada especializadas com serviço de pronto socorro, emergências cirúrgicas, UTI, laboratórios e farmácias.
• Segurança
Rede de segurança pública - A segurança da cidade é garantida por um Batalhão de Polícia Militar, Polícia Civil, Posto da Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, além do Grupamento de Bombeiros Militar que garante os socorros de urgência e combate a incêndios.
CONCLUSÃO FINAL DO EXPOSTO. 
O não planejamento, bem como a não realização dos Festejos juninos, geram enormes e incalculáveis prejuízos a cultura, economia e tradição turística que para serem reparadas, demorarão anos. A administração Tânia Brito tem se mostrado incapaz de gerir o festejos juninos de Jequié por não conseguir realizar e sistematizar o planejamento, pois é preciso consolidar o São João de Jequié, como um grande evento de potencial turístico agregando valores da cultura local, economia e trade turístico.
André Bomfim
Dj, Produtor Cultural, Técnico em Elaboração de Projetos e Programas.

Postar um comentário

0 Comentários