Desenvolvimento sustentável para assentamentos de reforma agrária na Bahia é tema de encontro em Salvador

Governo da Bahia, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e movimentos sociais ligados à reforma agrária no estado reuniram-se, nesta sexta-feira (18), no auditório do Incra, em Salvador, com o objetivo de discutir a execução do projeto de Desenvolvimento Sustentável para Assentamentos de Reforma Agrária na Bahia, que prevê um investimento total de mais de R$ 120 milhões, nos próximos anos, em ações de acesso à água, agroindustrialização e Assistência Técnica e Extensão Rural. 
No evento, estavam presentes o titular da secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues, o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, o superintendente regional do Incra na Bahia, Luiz Gugé, o diretor presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Wilson Dias, a superintendente de Políticas Territoriais e Reforma Agrária (Sutrag) da SDR, Renata Rossi, o superintendente da CAR, Jeandro Ribeiro, e o coordenador de Desenvolvimento Agrário da SDR, Ariosvaldo Souza.
De acordo Rodrigues, esse encontro é resultado de uma parceria dos governos federal, por meio do Incra e estadual, por meio da SDR e SIHS, que promove uma integração de políticas públicas, e inclui três ações importantes, o acesso à água, com investimento total de R$ 32 milhões, a implantação de agroindústrias, com investimento total de R$ 60 milhões, sendo R$ 50 milhões do governo federal, por meio do Incra e R$ 10 milhões do governo estadual e, cerca de, R$ 37 milhões, para assistência técnica e extensão rural. “Essa ação, que irá garantir o acesso à água, a implantação de agroindústrias e a assistência técnica para os assentamentos é uma resposta às demandas apresentadas pelos movimentos sociais nesse ano de 2015 e irá fortalecer a política de reforma agrária no estado”.
O secretário da SIHS, Cássio Peixoto, destacou a rapidez na liberação de recursos e apontou que a meta do governo é universalizar o acesso à água também nos assentamentos de reforma agrária. “Nós não mediremos esforços para que essa meta seja cumprida, porque água é vida”.
Segundo o superintendente regional do Incra na Bahia, Luiz Gugé, essa ação, que abrange a parceria entre o Incra e o governo estadual “consolida a convergência entre os convênios de acesso à água, agroindustrialização e assistência técnica para otimizar os resultados da política de reforma agrária no estado”.
Para a representante dos movimentos sociais, do Projeto de Assentamento Atanázio, Maria Eliana Santos, as ações, especialmente a de acesso à água, são extremamente necessárias para o consumo humano dentro dos assentamentos. “Esperamos que essas sejam implantadas o mais rápido possível”.
Durante a reunião, o diretor presidente da CAR, Wilson Dias, apresentou aos presentes como será estruturada e quais as condições necessárias para a implantação das agroindústrias, que podem ser de beneficiamento de leite, mel, mandioca e frutas, entre outras, que serão implantadas nos assentamentos de reforma do estado. “Será necessária a realização de um estudo de viabilidade técnica para definir o local onde serão implantadas, verificar o eixo geográfico, potencialidade produtiva, entre outros aspectos, para que essas unidades sejam instaladas onde realmente irão funcionar para que se possa obter os resultados esperados desses empreendimentos. 
Movimentos presentes – Participaram do encontro representantes do Movimento dos Assentados, Acampados e Quilombolas (Movimento CETA), Movimento de Unificação Camponesa (MUC), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Fundação de Apoio aos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares da Região do Sisal e Semiárido da Bahia (FATRES), Movimento Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag), Via do Trabalho, Pastoral Rural, Polo de Unidade Camponesa (PUC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento da Resistência Camponesa (MRC) e Movimento de Trabalhadores Independentes (MTI).

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