Morador de Itagi denuncia negligencia de hospital, mulher grávida descobre que a cianca já estava morta

 

 
Revoltado, morador ligou para a FM São José e acusou o hospital de negligencia. Segundo ele, um enfermeiro classificou o caso da paciente como não sendo emergencial. 
Após se deslocar para a cidade de Jequié, onde veio a ser atendida, a gravida detectou que a ciança já estava morta em sua barriga.

 NOTA DE REPÚDIO

Venho por meio desta relatar mais um caso absurdo de negligência dentro do hospital municipal da cidade de Itagi-Bahia. Acontece que na primeira semana de dezembro de 2022, uma paciente grávida deu entrada no hospital de Itagi com sangramento após 11 semanas de gestação. Ao ser recebida pelo profissional da unidade, a paciente não teve o atendimento devido numa situação clara de emergência. Sem nem mesmo ter conhecimento de que possivelmente estava sofrendo de um aborto espontâneo, a paciente foi aconselhada a retornar para casa, sem ao menos ter direito a escuta. Muito nervosa com a situação, ela pediu um ultrassom, para saber se seu bebê ainda estava com vida, após severo sangramento. Por lei, a gestante tem direito a acompanhamento especializado durante a gravidez assegurado pela Lei n. 9.263, de 1996, que determina que as instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS) têm obrigação de garantir, em toda a sua rede de serviços, programa de atenção integral à saúde, em todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas, a assistência à concepção e contracepção, o atendimento pré-natal e a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato.

Em caso de emergência, como este, o mínimo que poderia ter sido feito, caso o hospital não dispusesse de meios para atendimento emergencial sob auxílio de um ou uma obstetra, o mínimo que deveria ter sido feito, seria o encaminhamento dessa paciente para o hospital equipado mais próximo. A essa mulher foi negado o direito de escuta, de acolhimento. Ela suplicava por atendimento enquanto provavelmente seu bebê já estivesse morto dentro dela. Numa sociedade que suplica pela vida, uma mulher vivenciando um dos períodos mais sensíveis de sua vida, teve seu direito negado.
Essa nota repudia a falta de profissionalismo e de empatia dentro do hospital municipal de Itagi-Bahia. É lamentável, ser cidadão, pagar impostos, ter direitos garantidos por lei, que garante que todos tem direito a saúde, portanto saúde é direito humano fundamental, instituído pela lei 8080 do SUS, simplesmente ter o direito negado.
Em pleno mês em que comemoramos o Natal que significa nascimento, uma mulher perdeu seu filho e ficou com ele no ventre sem ao menos saber o que se passava, por falta de um atendimento decente em sua cidade natal.

Pedimos a Secretaria de Saúde do município junto a prefeitura providências para que casos como esses não voltem a acontecer.

Essa mulher tem nome, mas está fragilizada e não iremos expô-la aqui, ela merece respeito, e em nome dela, escrevo como mulher por ela e por todas que virão depois dela!

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